De R$ 25 mil a R$ 120 mil: veja quanto custa a bateria dos elétricos mais vendidos no Brasil

De R$ 25 mil a R$ 120 mil: veja quanto custa a bateria dos elétricos mais vendidos no Brasil

Os carros elétricos estão ganhando cada vez mais espaço nas ruas brasileiras. Com zero emissão de poluentes e baixo custo de recarga, eles são vistos como o futuro da mobilidade. Mas um tema ainda gera muitas dúvidas: quanto custa a bateria de um carro elétrico?

A bateria é o coração do veículo elétrico. É ela quem armazena e fornece energia para o funcionamento do motor. Por isso, seu valor pode influenciar diretamente o custo total de propriedade do veículo. Neste artigo, mostramos os preços médios das baterias dos modelos mais vendidos no Brasil, além de esclarecer pontos importantes sobre durabilidade, manutenção e quando a troca é necessária.

Por que a bateria dos elétricos custa caro?

A fabricação das baterias de carros elétricos exige materiais nobres como lítio, níquel, manganês e cobalto. Além disso, o processo envolve alta tecnologia para garantir segurança, autonomia e durabilidade. Tudo isso impacta no custo final.

Outro fator é o tamanho da bateria. Modelos com maior autonomia precisam de mais células, o que encarece o produto. Mesmo assim, o preço tem caído nos últimos anos, acompanhando os avanços tecnológicos e o aumento da escala de produção mundial.

Preço da bateria dos elétricos mais populares no Brasil

BYD Dolphin Mini – a partir de R$ 25 mil

O BYD Dolphin Mini é um dos modelos de entrada mais acessíveis e bem-sucedidos da marca chinesa. Com uma bateria de 30 kWh, seu custo estimado para substituição gira em torno de R$ 25 mil a R$ 30 mil, dependendo do fornecedor e da mão de obra.

Apesar do valor parecer alto, é importante considerar que essa bateria tem uma vida útil de cerca de 8 a 10 anos, o que a torna um componente durável.

Renault Kwid E-Tech – média de R$ 35 mil

O Renault Kwid E-Tech é outro destaque entre os compactos elétricos. A sua bateria de 26,8 kWh tem um custo de aproximadamente R$ 35 mil. O valor pode variar conforme a disponibilidade da peça no Brasil e o tempo de espera para importação.

É um carro com foco em economia urbana, e a bateria tem proteção extra contra sobrecargas, o que prolonga a sua durabilidade.

JAC E-JS1 – cerca de R$ 40 mil

O JAC E-JS1 vem se firmando como uma opção intermediária entre os elétricos urbanos. Seu conjunto de baterias tem capacidade de 30,2 kWh e custa cerca de R$ 40 mil, considerando o mercado atual e as cotações de importadoras.

Essa bateria oferece cerca de 300 km de autonomia no ciclo urbano, e tem garantia de até 8 anos ou 160 mil km, o que ajuda a reduzir a preocupação com a troca imediata.

BYD Dolphin – entre R$ 50 mil e R$ 60 mil

O BYD Dolphin, modelo irmão maior do Mini, traz uma bateria mais robusta de 44,9 kWh. O preço da reposição gira em torno de R$ 50 mil a R$ 60 mil. A tecnologia Blade da BYD garante maior resistência e menor risco de superaquecimento.

Esse é um dos modelos que vêm com maior proteção térmica e resistência ao desgaste, o que torna o investimento em bateria mais confiável a longo prazo.

Volvo EX30 – até R$ 120 mil

Entre os carros premium, o Volvo EX30 se destaca. Com uma bateria de 69 kWh, o preço para troca pode ultrapassar R$ 120 mil, tornando-se um dos componentes mais caros do veículo.

No entanto, a Volvo oferece garantia estendida de 8 anos para o sistema de bateria, o que traz mais segurança para quem investe em um modelo desse porte.

Vale a pena trocar a bateria ou comprar outro carro?

Essa é uma dúvida comum entre os donos de elétricos. Em modelos mais baratos, o custo da bateria pode representar até 50% do valor do carro. Por isso, é fundamental fazer as contas antes de decidir.

A troca da bateria pode ser vantajosa se o restante do veículo estiver em boas condições e se houver incentivos ou promoções das montadoras. Algumas marcas oferecem programas de desconto para a substituição ou baterias remanufaturadas com garantia.

Qual a vida útil média da bateria de um carro elétrico?

Em geral, a vida útil da bateria de um carro elétrico varia entre 8 e 10 anos, dependendo do uso, da frequência de recarga e do clima local. Em regiões muito quentes, por exemplo, o desgaste pode ser maior.

No Brasil, a maioria das montadoras oferece garantia de 8 anos ou 160 mil quilômetros para o sistema de baterias, o que mostra confiança na durabilidade do produto.

Como aumentar a durabilidade da bateria elétrica?

Para preservar a bateria e evitar gastos desnecessários com manutenção ou troca, alguns cuidados são essenciais. Evitar descarregá-la totalmente com frequência, não deixar o carro por muito tempo sem uso e utilizar carregadores homologados são práticas recomendadas.

Além disso, muitos modelos possuem sistemas de gerenciamento inteligente que otimizam a recarga e reduzem o desgaste prematuro das células.

Existem baterias recondicionadas ou usadas?

Sim. O mercado de baterias recondicionadas para carros elétricos está em crescimento no Brasil. Essas baterias passam por processos de análise, substituição de células e testes de segurança, oferecendo uma alternativa mais acessível para quem precisa fazer a troca.

O preço de uma bateria recondicionada pode ser 30% a 50% menor do que o de uma nova. No entanto, é essencial verificar a procedência e exigir garantia mínima de 12 meses.

Quanto custa a manutenção da bateria de um carro elétrico?

A manutenção de carro elétrico é mais simples do que em veículos a combustão, mas a bateria exige atenção especial. Testes periódicos, atualização de software e verificação da integridade das células são itens de rotina.

O custo de manutenção anual gira em torno de R$ 300 a R$ 800, dependendo do modelo e da rede autorizada. Ainda assim, é um valor inferior ao que se gastaria com óleo, filtros e correias em um carro tradicional.

Considerações finais: o custo da bateria compensa?

Saber quanto custa a bateria de um carro elétrico é fundamental para quem está pensando em fazer a transição para a mobilidade elétrica. Embora o investimento seja alto, especialmente na substituição, a durabilidade e o baixo custo de operação compensam no longo prazo.

Com o avanço da tecnologia e o aumento da produção nacional, a tendência é que os preços diminuam nos próximos anos. Além disso, incentivos do governo e programas de fidelidade das montadoras devem tornar o acesso mais democrático e acessível para todos os brasileiros.

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