Relatório Exclusivo: BYD Domina 80% do Mercado de Elétricos no Brasil em 2025 (e o Preço Vai Cair?)
A BYD não está apenas liderando — ela está praticamente monopolizando o mercado de carros elétricos no Brasil em 2025.
Segundo dados mais recentes da Fenabrave e da ABVE, a marca chinesa já abocanhou quase 80% das vendas de veículos 100% elétricos no país.
Esse domínio é tão expressivo que a segunda colocada, a Volvo, vendeu dez vezes menos.
E com a produção nacional ganhando força, uma pergunta começa a circular entre especialistas e consumidores: será que os preços vão cair?
O tamanho real do domínio da BYD
De janeiro a julho de 2025, 37.536 automóveis e comerciais leves 100% elétricos foram vendidos no Brasil. Desse total, 28.821 unidades têm o logotipo da BYD.
Isso significa 76,8% de participação de mercado no acumulado do ano.
E a supremacia não é só no acumulado:
- Julho de 2025: participação de 78,59%
- Segunda colocada (Volvo): 7,80% no ano e 4,71% em julho
- Terceira colocada (GWM): 4,16% no ano
Esses números mostram que a BYD não apenas está na frente, mas está ditando o ritmo e os preços do segmento.
Dolphin Mini: a peça-chave do sucesso
A grande estrela da BYD no Brasil é o Dolphin Mini, que chegou com uma proposta clara: ser um carro elétrico compacto, acessível e adaptado à realidade brasileira.
E a estratégia funcionou. Nos primeiros sete meses de 2025, ele já emplacou 16.232 unidades.
Mas ele não está sozinho. Outros modelos também puxam as vendas:
- Dolphin – 7.592 unidades
- Yuan Pro – 2.571 unidades
- Seal – 1.718 unidades
O portfólio diversificado da BYD permite atacar diferentes faixas de preço, do compacto urbano até o sedã premium.
A fábrica de Camaçari: marco para o setor
A produção nacional é um divisor de águas. A fábrica de Camaçari (BA) já está montando o Dolphin Mini, e até o fim de 2025, também passará a finalizar o Dolphin.
Até 2026, mais sete modelos diferentes serão fabricados localmente, incluindo SUVs como Song Plus, Yuan Plus e uma picape elétrica inédita.
Essa mudança traz vantagens estratégicas:
- Redução de custos logísticos (menos transporte internacional)
- Menos impostos sobre importação
- Possibilidade de produção sob demanda para o mercado brasileiro
Um estudo interno do setor indica que carros elétricos produzidos no Brasil podem ter preços até 12% mais baixos que os importados.
E os preços, vão mesmo cair?
Essa é a grande expectativa do mercado.
Com custos menores e volume de produção maior, a BYD tem margem para oferecer preços mais competitivos.
No entanto, especialistas apontam que a decisão final dependerá da estratégia da marca:
- Ela pode optar por manter os preços e aumentar a margem de lucro
- Ou pode reduzir valores para ampliar ainda mais a base de consumidores
O histórico da BYD sugere que ela tende a buscar escala de vendas, o que aumenta a probabilidade de cortes nos preços, especialmente nos modelos de entrada.
Concorrência em xeque
A supremacia da BYD pressiona outras marcas a reagirem:
- Volvo EX30 aposta em design premium e carregamento ultrarrápido
- GWM Ora 03 busca conquistar pelo estilo retrô e boa relação custo-benefício
- GAC GS3 chega ainda em 2025 como nova aposta chinesa
Mas o desafio é enorme. Hoje, para cada Volvo elétrico vendido no Brasil, mais de 10 BYDs chegam às ruas.
Como isso afeta o consumidor brasileiro
- Mais variedade de modelos BYD – Com produção local, haverá desde compactos até picapes elétricas.
- Possível redução de preços – Especialmente no Dolphin Mini e futuros modelos de entrada.
- Pressão competitiva – Outras marcas precisarão repensar seus preços e condições para competir.
- Acesso facilitado a peças e manutenção – Produção local agiliza a reposição e reduz custos de pós-venda.
O impacto econômico do domínio da BYD
Não é só uma questão de vendas. O movimento da BYD tem efeitos amplos:
- Geração de empregos diretos e indiretos na Bahia
- Aumento da arrecadação de impostos municipais e estaduais
- Desenvolvimento da cadeia de fornecedores locais
O setor de carregadores e infraestrutura também deve crescer. Com mais elétricos circulando, a demanda por estações de recarga rápida tende a disparar.
O que esperar para 2026
Se as previsões se confirmarem, o próximo ano terá:
- Picape elétrica BYD chegando ao mercado
- Entrada da GAC e possível expansão da GWM
- Maior cobertura de carregadores rápidos no Brasil
- Consolidação de modelos híbridos plug-in como alternativa intermediária
O cenário aponta para uma disputa mais acirrada, mas com a BYD ainda no topo, pelo menos a curto prazo.
Dúvidas frequentes sobre a liderança da BYD
1. A BYD pode perder essa liderança em breve?
É improvável no curto prazo, mas novas marcas e incentivos governamentais podem mudar o cenário no médio prazo.
2. Produção nacional garante preços menores?
Não necessariamente. Depende da política comercial da marca, mas a tendência é que reduza custos e crie espaço para cortes de preços.
3. Vale a pena esperar 2026 para comprar um elétrico?
Se você busca preços menores e mais opções, pode ser interessante. Mas a diferença de valores pode não ser tão grande se a demanda continuar alta.
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