Finalmente!’ BYD anuncia 1º carro elétrico 100% brasileiro – e pode enterrar os a gasolina em 2025
O que era promessa virou realidade. A BYD revelou, em sua nova fábrica de Camaçari (BA), as primeiras unidades do Dolphin Mini montadas em solo nacional — marcando a estreia oficial do 1º carro elétrico feito em série no Brasil. E mais: a montadora chinesa também confirmou que esse é apenas o começo de uma revolução que pode aposentar os motores a combustão mais rápido do que você imagina.
Mas… será que já podemos chamar isso de “produção nacional”? Quais impactos isso trará nos preços, empregos e incentivos? Abaixo, você descobre todos os bastidores, inclusive uma tecnologia de recarga em 5 minutos que pode mudar tudo.
O que está por trás do 1º carro elétrico nacional
A BYD surpreendeu o setor ao apresentar as primeiras unidades do Dolphin Mini e do SUV Song Pro montadas no Brasil. A cerimônia aconteceu na nova fábrica da marca em Camaçari (BA), no mesmo complexo onde antes operava a Ford.
Ainda que os veículos apresentados façam parte da fase de validação — e não serão vendidos ainda —, esse passo já sinaliza que a era do elétrico brasileiro começou para valer.
Como funciona a produção atual? (Spoiler: não é o que parece)
Por enquanto, o processo ainda está no chamado regime SKD (Semi Knocked Down), ou seja, os carros vêm parcialmente desmontados da China e são montados localmente. É assim que marcas como Audi e Jaguar Land Rover já operam no país.
Esse modelo permite iniciar a produção mesmo com a fábrica ainda em construção. Mas atenção: o índice de nacionalização ainda é baixo — e isso tem impacto direto nos impostos.
O que muda quando virar CKD (produção completa)?
Assim que a BYD entrar no regime CKD (Complete Knocked Down), parte das peças será fabricada aqui, o que pode reduzir o preço final dos carros e aumentar o conteúdo local.
Quanto a fábrica pode produzir? E quantos empregos vai gerar?
A meta é ambiciosa. A planta baiana, que ocupa 3 galpões de mais de 160 mil m², deve ter:
- Capacidade de 150 mil veículos por ano, com possibilidade de expansão para 300 mil até 2026.
- 3 mil empregos diretos até o fim de 2025, chegando a 20 mil considerando os indiretos.
- Mais de 100 empresas brasileiras já homologadas como fornecedoras.
Quais modelos serão feitos no Brasil?
A produção será em fases:
- BYD Dolphin Mini
- Subcompacto 100% elétrico
- Autonomia de até 280 km
- Motor de 75 cv
- Preço estimado abaixo de R$ 100 mil
- BYD Song Pro
- SUV híbrido plug-in
- Visual premium e interior refinado
- Chega para bater de frente com o Compass
- BYD King(previsto para breve)
- Sedã híbrido
- Porta-malas generoso e desempenho acima da média
Nova tecnologia: recarga de bateria em 5 minutos
Você leu certo: 5 minutos para carregar totalmente. A BYD anunciou que o Brasil será o primeiro país a contar com a Super e-Platform, capaz de recarregar com potência de 1.000 kW (1 megawatt).
Isso se traduz em:
- 2 km de autonomia por segundo
- 100% de carga em menos de 5 minutos
- Performance comparável ao abastecimento de um carro a gasolina
Essa tecnologia coloca o Brasil como pioneiro global na recarga ultrarrápida, algo essencial para popularizar os elétricos.
E os preços? Carros elétricos vão finalmente ficar acessíveis?
Ainda não há uma tabela oficial para os modelos montados no Brasil, mas a expectativa é clara:
Os preços devem cair até 20% em relação aos modelos importados, especialmente quando o conteúdo local aumentar.
O que isso significa para os carros a gasolina?
Se a promessa de produção nacional em massa for cumprida, e a recarga de 5 minutos se consolidar, o reinado da gasolina pode ter data de validade.
Especialistas apontam que, com incentivos corretos, os elétricos fabricados no Brasil podem representar até 30% das vendas em 2026 — um salto histórico.
Dúvidas frequentes
- Já posso comprar um BYD feito no Brasil?
Ainda não. As primeiras unidades são de pré-produção e não estão à venda. - A fábrica já está 100% pronta?
Metade já está operacional. A outra parte segue em construção e parte embargada pelo MPT. - Por que o regime SKD não reduz os preços?
Porque o índice de nacionalização ainda é baixo, então os impostos são praticamente os mesmos dos modelos importados.
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