Governo Confirma: Imposto sobre Carros Elétricos Importados Sobe 35% a Partir de Julho/2025

Governo Confirma: Imposto sobre Carros Elétricos Importados Sobe 35% a Partir de Julho/2025

O governo brasileiro confirmou uma nova etapa no aumento do imposto de importação sobre veículos eletrificados. A partir de 1º de julho de 2025, carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in importados pagarão alíquotas mais altas — em alguns casos, chegando a 35% até 2026.

A mudança, já prevista desde 2023, visa fortalecer a produção nacional, mas pode representar um impacto direto no bolso de quem está pensando em comprar um carro elétrico importado nos próximos meses. Afinal, será que os preços vão subir? E como as montadoras estão reagindo?

Neste artigo, você confere todos os detalhes, impactos e estratégias das marcas, além de tirar as principais dúvidas sobre o tema.


Entenda o novo imposto sobre carros elétricos importados

A nova política fiscal do governo segue um cronograma progressivo. Em julho de 2025, as alíquotas para veículos eletrificados sobem novamente antes da aplicação da taxa máxima de 35%, prevista para 2026.

Veja como ficam os novos percentuais:

  • Carros elétricos (BEV): de 18% para 25%
  • Híbridos plug-in (PHEV): de 20% para 28%
  • Híbridos convencionais (HEV): de 25% para 30%

Esses percentuais representam o penúltimo reajuste antes da retomada integral da alíquota padrão de 35% para todos os veículos importados, independentemente do tipo de motorização.


Vai ficar mais caro comprar um carro elétrico no Brasil?

Nem sempre. Apesar do aumento da carga tributária, nem todas as montadoras pretendem repassar os custos ao consumidor de imediato.

Muitas marcas anteciparam importações nos últimos meses. A BYD, por exemplo, trouxe ao Brasil cerca de 7 mil unidades antes da nova alíquota. Isso garante estoques temporários com custo de importação menor.

Outras marcas podem manter os preços estáveis como estratégia de marketing ou para não perder competitividade com modelos nacionais e rivais diretos.

Em resumo:

  • Os preços podem subir nos próximos meses.
  • Mas isso dependerá da estratégia de cada montadora.
  • Estoques atuais ainda estão isentos da nova alíquota.

Por que o imposto voltou?

Em 2015, o Brasil isentou os veículos elétricos do imposto de importação para incentivar a mobilidade sustentável. Porém, com o aumento das importações e a falta de produção local em escala, o governo decidiu retomar a cobrança gradualmente.

A meta é estimular que as marcas produzam no Brasil — seja por fábricas próprias ou via montagem local em formato CKD ou SKD (kits desmontados ou pré-montados).

A medida também visa proteger a indústria nacional, que reclama da concorrência desigual com marcas estrangeiras, sobretudo chinesas.


Marcas chinesas reagem com produção local

As chinesas BYD e GWM já se movimentam para driblar o impacto fiscal. Ambas iniciam suas linhas de montagem nacional em julho de 2025, exatamente no mês da mudança tributária.

  • BYD começa a operar em Camaçari (BA)
  • GWM inicia produção em Iracemápolis (SP)

Inicialmente, os veículos serão montados em esquema CKD e SKD, o que reduz a alíquota de importação para 16% ou 18%, respectivamente.

Esses formatos ainda importam a maior parte das peças, mas permitem preços mais competitivos e economias logísticas relevantes.


O novo alvo da indústria: CKD e SKD na mira

Mesmo com alíquotas menores, a produção por kits desmontados está incomodando parte da indústria nacional. A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) já solicitou ao governo que equipare os impostos de CKD/SKD aos 35%, alegando que essas operações têm baixo índice de nacionalização.

O pedido é apoiado pelo Sindipeças, sindicato da indústria de componentes, que também defende maior incentivo à cadeia produtiva local.

Até o momento, as alíquotas para CKD e SKD seguem inalteradas até 2028. Mas o avanço das montadoras chinesas no Brasil pode reaquecer esse debate nos próximos meses.


Como o imposto sobre carros elétricos afeta você?

Se você está pensando em comprar um carro elétrico importado, este é um bom momento para ficar atento:

  • Modelos em estoque ainda podem estar com a alíquota antiga.
  • Preços devem começar a subir a partir do segundo semestre de 2025.
  • O cenário favorece quem antecipar a compra.
  • Modelos produzidos no Brasil devem se tornar mais atraentes.

Marcas como Volvo, Tesla, BMW, BYD e GWM podem adotar estratégias diferentes: algumas focarão na produção local, outras apostarão em estoques e promoções pontuais.


Dúvidas Frequentes

Qual o imposto atual sobre carros elétricos importados?

Atualmente, a alíquota é de 18% para carros totalmente elétricos (BEV), subindo para 25% em julho de 2025. O plano é alcançar 35% até 2026.

Posso pagar menos se comprar agora?

Sim. Carros que já estão no Brasil ou foram importados antes da nova alíquota ainda seguem com o imposto menor. O valor final depende da política de cada marca.

O imposto também vale para carros montados no Brasil?

Não nos mesmos moldes. Veículos montados localmente em formato CKD ou SKD têm alíquotas mais baixas (16% ou 18%), ao menos até 2028.


Conclusão: agora é a hora de decidir

A confirmação do aumento do imposto sobre carros elétricos importados acende um sinal de alerta para consumidores e montadoras. Se por um lado a medida busca incentivar a produção nacional, por outro, pode dificultar o acesso a modelos mais modernos e acessíveis do exterior.

Se você planeja comprar um carro elétrico, antecipe sua decisão. O segundo semestre de 2025 marcará um ponto de virada para o setor — e os próximos meses ainda podem trazer boas oportunidades.

Fique de olho, compare preços e avalie com cuidado: o futuro da mobilidade está mudando, e a sua escolha agora pode fazer toda a diferença no seu bolso.

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